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Latinaero
of Saturn would cause bulges, or so-
lid “tides” on the moon only 3ft (1m)
in height. Cassini’s data show Saturn
creates solid tides approximately 30ft
(10m) in height, which suggests Titan
is not made entirely of solid rocky ma-
terial. The fnding appears in the June
2012 edition of the journal
Science
.
“Cassini’s detection of large tides on
Titan leads to the almost inescapable
conclusion that there is a hidden ocean
at depth,”
said Luciano Iess, the pa-
per’s lead author and a Cassini team
member at the Sapienza University of
Rome, Italy.
“The search for water is an
important goal in solar system explo-
ration, and now we’ve spotted another
place where it is abundant.”
Titan takes only 16 days to orbit Sa-
turn, and scientists were able to study
the moon’s shape at diferent parts of
its orbit. Because Titan is not spherical,
but slightly elongated like a football,
its long axis grew when it was closer
to Saturn. Eight days later, when Titan
was farther from Saturn, it became
less elongated and more nearly round.
Cassini measured the gravitational ef-
fect of that squeeze and pull. Scientists
were not sure Cassini would be able to
detect the bulges caused by Saturn’s
pull on Titan. By studying six close fy-
bys of Titan from 27 February 2006, to
18 February 2011, researchers were
able to determine the moon’s inter-
nal structure by measuring variations
in the gravitational pull of Titan using
data returned to NASA’s Deep Space
Network (DSN).
An ocean layer does not have to
be huge or deep to create these tides.
A liquid layer between the external,
deformable shell and a solid mantle
would enable Titan to bulge and
compress as it orbits Saturn. Because
Titan’s surface is mostly made of water
ice, which is abundant in moons of the
outer solar system, scientists infer Ti-
tan’s ocean is likely mostly liquid water.
On Earth, tides result from the gra-
vitational attraction of the moon and
sun pulling on the oceans. While water
is easier to move, the gravitational pul-
ling by the sun and moon also causes
Earth’s crust to bulge in solid tides of
about 20 inches (50cm).
Number 4 - 2012
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Cassini em Titã leva à conclusão quase ine-
vitável de que haja umoceano escondido a
grande profundidade",
disse Luciano Iess,
principal autor do estudo e membro da
equipe Cassini na Universitá La Sapienza
em Rome, na Itália.
“A procura por água
é uma importante meta na exploração do
sistema solar, e agora, nós vimos um outro
lugar onde ela é abundante.”
Titã leva apenas 16 dias para orbitar
Saturno, e os cientistas foram capazes
de estudar a forma da lua em diferentes
partes de sua órbita. Como Titã não é es-
férica, mas ligeiramente alongada como
uma bola de futebol, seu longo eixo cres-
ceu quando estava próximo a Saturno.
Oito dias depois, quando Titã fcou mais
longe de Saturno, ela tornou-se menos
alongada e mais arredondada. A Cassini
mediu o efeito gravitacional do aperta e
puxa. Os cientistas não tinham certeza
de que a Cassini seria capaz de detectar
as protuberâncias causadas pela atração
de Saturno sobre Titã. Ao estudar seis
passagens rasantes sobre Titã, de 27 de
fevereiro de 2006 a 18 de fevereiro de
2011, os pesquisadores foram capazes
de determinar a estrutura interna da lua,
medindo as variações no campo gravi-
tacional usando dados enviados para o
Deep Space Network (DSN) da NASA.
Uma camada de oceano não precisa
ser grande ou profunda para criar essas
marés. A camada líquida entre o reserva-
tório externo, deformável, e um manto
sólido permitiria a Titã inchar e se com-
primir enquanto orbita Saturno. Como
a superfície da lua é composta princi-
palmente de gelo de água, que é abun-
dante em luas do sistema solar exterior,
cientistas inferem que o oceano de Titã é
formado na maior parte de água líquida.
Na Terra, as marés resultam da atração
gravitacional da Lua e do Sol puxando
nossos oceanos de superfície. Enquanto
a água se move mais facilmente, o puxão
gravitacional causado pelo sol e pela lua
também faz com que a crosta da Terra
forme protuberância nas marés sólidas
de cerca de 50 cm.
A presença de uma camada subsuperf-
cial de água líquida em Titã não é em si
um indicador de que haja vida. Os cien-
tistas pensam que a vida é mais provável
de surgir quando a água líquida está em
contato com as rochas. Os resultados
A lua Rhea passa na frente de Titã. Crateras
aparecem bem definidas na lua gelada contra
o corpo esfério nebuloso do muito maior Titã,
nesta visão das duas luas de Saturno a partir da
nave espacial Cassini.
Moon Rhea passes before Titan. Craters appear
well defined on the icy Rhea set against the hazy
orb of the much larger Titan in this Cassini space-
craft view of these two Saturn moons. © NASA
A nave espacial Cassini da NASA obteve esta
linda imagem das luas de Saturno, Titã e Tétis
em 18 de outubro de 2010. Titã está em segundo
plano. Tétis é a brilhante lua gelada em primeiro
plano. Os anéis de Saturno aparecem fracamente
na parte superior da imagem.
Cassini spacecraft obtained this raw image of
Saturn’s moons Titan and Tethys on 18 October
2010. Titan is in the background. Tethys is the
bright icy moon in the foreground. The rings of
Saturn faintly etch the top of this image. © NASA