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aero
magazine
Número 2 - 2012
AVIAÇÃO COMERCIAL
Empresas de carga aérea do Brasil
O tamanho continental do Brasil foi, sem dúvida, o catalisador que le-
vou ao de senvolvimento da aviação de carga durante o último quarto
de século, excepcionalmente na ausência de qualquer outra rede de
entrega rápida. Duas principais razões – mas existem outras – ex-
plicam porque a aviação de carga atualmente se expande e se torna
uma importante promessa. Primeiramente, como o transporte de
passageiros cresceu gradualmente com o surgimento de aeroportos
bem equipados, a aviação de carga pegou uma carona, ajudada tam-
bém pela inexistência de um efciente sistema rodoviário que atenda
todo o território brasileiro, particularmente nas regiões norte e nor-
deste. Em segundo lugar, na década de oitenta, todos aviões pré-1973
equipados com ruidosos e beberrões motores a jato da velha geração
eram encontrados às dúzias por preços muito baixos no mercado de
segunda mão. Isso levou muitos magnatas brasileiros a começarem
suas próprias empresas de carga, muitas vezes com recursos limitados.
Isso explica por que muitos nomes de empresas no Brasil aparecem e
geralmente desaparecem pouco depois…
Além disso, quando, em 2005, a Força Aérea Brasileira aposen-
tou sua frota de 12 velhos turboélices HS (Avro) 748, a missão postal,
que tinha sido até então responsabilidade da FAB, foi repassada para
empresas civis contratadas, que agora operam a Rede de Transporte
Noturno (RDN), que faz o transporte de correio e encomendas para
diversos destinos em todo o país em nome da Agência Nacional de
Correios eTelégrafos, o serviço postal brasileiro. O transporte de correio
aéreo é classifcado de forma diferente pelos órgãos reguladores res-
ponsáveis pelo transporte aéreo por ser um tipo específco de material
transportado. Em relação às tarifas, os contratos de serviços de cor-
reio com as companhias aéreas são frmados após licitações públicas
largamente anunciadas nos principais jornais brasileiros. Em muitos
casos os Correios alugam aviões não regulares para o transporte do
correio durante a noite.
As sete principais companhias aéreas de carga brasileiras são :
TAM Linhas Aéreas, Gol Linhas Aéreas, Variglog (sob recuperação ju-
dicial), Skymaster Airlines, Beta Cargo - Brazilian Express Transporte
Aéreos, ABSA-Aerolinhas Brasileiras, a Avianca. [ver lista na p. 28].
A demanda por transporte aéreo de carga observada no Brasil
tem experimentado elevadas taxas de crescimento. De 1994 a 2003
o tráfego doméstico e internacional de carga aérea no Brasil aumen-
tou 35,9 %. Em 2001 a movimentação de carga (armazenamento e
manipulação no terminal) representou 28,8 % do total da receita da
Infraero, a empresa que administra os 66 maiores aeroportos do Brasil.
Desde então, estes números têm crescido em linha com o crescimento
do transporte aéreo de passageiros. Além disso, o transporte aéreo
vem assumindo um importante papel na organização da produção
como resultado de sua velocidade, fexibilidade, confabilidade e se-
gurança, com grande potencial para ser usado em novas estratégias
logísticas adotadas por empresas, principalmente no transporte de
bens e mercadorias de elevado valor agregado. O setor de cargas aé-
reas no Brasil tem uma grande importância. Isso explica porque para
muitas empresas aéreas a receita proveniente de operações de carga é
maior que a receita das operações de passageiros. Além disso, nos úl-
timos anos, a ANAC tem feito muito para estimular a concorrência no
transporte aéreo de cargas forçando assim uma queda nas tarifas.
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Boeing 727-227 • Air Brasil
Boeing 727-214 • Rio Linhas Aéreas
Boeing 767-300F • ABSA Cargo
Douglas DC-10-30F • Master Top Airlines
Douglas DC-8-73F • Beta Cargo
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